Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

domingo, 18 de outubro de 2015

IPhodace estou sem IPhone!

Viver num estrangeiro com frio, não me mete medo. Viver num estrangeiro sem IPhone, aí a coisa pega mal!!! 

A caminho de um compromisso importante o meu querido e utilitário IPhone deu-lhe o IPhodace e morreu, digamos que não stressei muito porque pensei que fosse a bateria (ah! Em casa carrego esta cena, não vou já stressar e tal e coisa), mas o cabresto chegou a casa e não ligou. Como que se de um AVC se tratasse automaticamente ligámos para o tinóni Apple.

Conclusão, sem demoras e no prazo de menos de 10 dias tenho aquele instrumento de trabalho, lazer e sanidade de volta ao aconchego da minha mala cheia de papéis de chocolate e bilhetes de Bus. Não é fácil saber e comprovar que se vive dependente de uma merda que pesa menos de 300 gramas e tem uma Siri. Mas o que me provoca stress e tristeza é como vou comunicar com as minhas amigas? A minha mãe? 

Aproveitando esta cena, vou tentar mudar de vida.

Dar valor às mãos que Deus me deu e continuar o trabalho, ver TV alemã e, adormecer com os sons do prédio, a vizinha tossir ou aquele espirro profundo que estremece os pilares. Ver que existe vida no Bus, ver que existem pessoas bem vestidas aqui, que afinal há vida para além de uma conexão de WIFI ou mesmo existem olhos que podem captar imagens ao invés de as fotografar. Posso até utilizar o PC quando estou em casa, mas vou aproveitar para acabar de ler aquele livro que veio de Portugal sem ser aberto porque a Ryanair não tem espaço nem para eu abrir uma garrafa de vinho, quanto mais para relaxar na minha leitura.

Posso até escrever cartas à minha mãe, mas a primeira pergunta que me faria seria: Estás parva? Eu tenho Facebook! Tenho cá tempo para ler carta em papel, manda um e-mail.

Poderia neste dias, fazer o desmame da tecnologia, tentar relaxar, tentar adivinhar qual a temperatura local, mas decidi escrever um post e queimar o cartuxo de dizer mal de alguém, eu escrevo sobre esta terrível realidade, uma emigrante sem telemóvel.

 Portanto eu decidi, nestes próximos dez dias pedir um phone emprestado, não há cá merdas nem cenas de BIO nóia, que as radiações fazem mal e o camandro. Opá tu dorme com o telemóvel longe da cabeça!!! (dizem as malucas daqui) - Filhas tomara eu, às vezes ter algum sinal de ondas magnéticas na minha cabeça, talvez houvesse mais movimentação cerebral e deixasse de fazer tanta merda!

É isso mesmo, sou dependente desta cena e não quero tratamento, só quero que os gajos da Apple me ponham uma bateria nova e que dure pelo menos um dia!

P.s. Apple fizeste coisas tan bouas, mas esqueceste-te de uma bateria que dure, principalmente às centenas de mensagens que recebo, das centenas de grupos que tenho. 



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