Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Jogo da Bola

Quando não há Benfica a aquecer-me a alma, há o Napoli a aquecer-me as entranhas. A principio foi difícil habituar-me ao azul, mas o tom celeste lá acabou por intervir divinamente. Milagre! 
Domingo passado foi bonito ver a Fiorentina, em casa napolitana, levar um jeitoso 2-1 nas orelhas. O Paulo Sousa é certamente um fofinho, mas patriotismos no futebol só quando joga a selecção nacional. Até lá, contra o Napoli, é arrear quem vier! Enquanto via o Napoli a brilhar dei por mim a pensar no jogo do Mundial de Rugby do dia anterior entre All-Blacks e França. Fazer as habituais comparações entre as duas modalidades sobre fair-play de jogadores, àrbitros e público, é parlapié de pseudo-entendidos-amantes-da-matéria. É gastar latim, quando valores mais altos se “alevantam”
Urge comparar o que é verdadeiramente essencial: os calções dos jogadores. Pela vossa e pela minha saúde vistam um par de calças aos futebolistas de uma vez por todas porque aquela merda é uma afronta à palavra “calção”. A particularidade dos calções é serem curtos. SE NÃO SÃO CURTOS NÃO SÃO CALÇÕES! 
Os anos passam e aquela porcaria que os futebolistas vestem fica progressivamente mais longa. E não bastavam os calções estarem mais longos, a merda das meias também tinham de subir até à coxa. Não tarda levam um cinto de ligas para as segurar. 
P´LO AMOR DA SANTA! Os senhores da FIFA que se sentem a ver um jogo de Rugby (ainda faltam uns joguitos para terminar o Mundial) e atentem no comprimento dos calções dos jogadores – e até do àrbitro! Não sei se é uma questão de decoro ou uma questão de precaução para os meninos não apanharem frio nas coxas e não se constiparem, se os senhores do marketing fazem intenção de projectar publicidade nos calções dos jogadores como se fossem ecrãs televisivos ou se é uma espécie de greve inventada pelo sindicato dos jogadores de futebol, mas que estão a fazer figura de palhaços, lá isso estão. 
Salvo raras excepções, os futebolistas são rapazinhos de físicos tonificados, sempre interessantes e harmoniosos à vista enquanto alguns jogadores de rugby parecem carros de bois com coxas do diâmetro da rotunda do Marquês do Pombal e massa adiposa que dava para uma família inteira. Então porque raio é que os jogadores de rugby vestem t-shirts cada vez mais justas e calções mais curtos e os futebolistas se disfarçam de sacas de batatas?!? Mas que credibilidade, perante o público feminino, é que podem ter 11 gajos vestidos com roupa cinco números acima? Mas aquilo é alguma festa de pijama? Ainda querem vocês que as mulheres sigam o futebol de forma mais interessada. Eh pá,  experimentem vestir-se como deve ser e pode ser que descubram a pólvora! 
Chegou-se a um tal exagero de decoro que de cada vez que se vê um futebolista lesionado em campo e o médico que o assiste permite antever um pouco mais do seu físico, parece o início de um show de strip-tease tal não é o cúmulo a que se chegou. Só falta lançarmos uns assobios sonoros ao ar e gritar “Tira! Tira! Tira!”
Que os jogadores da NBA (e todos os outros que os tentam imitar) usem calções tamanho FONIXQUÉSGRANDECOMÓRAIOXXXXXXXXXXXXL é um problema deles, pois assim como assim à hora a que normalmente dão os jogos da NBA tanto faz jogarem de pelota ou de escafandro mas os senhores da Bola bem que podiam rever os equipamentos. 
Já não bastava chamar tecido técnico àquela viscose brilhante de qualidade altamente duvidosa.

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