Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não, não e não!

Partindo do princípio que conseguimos parir os nossos filhos, não há nada que as mulheres não possam fazer. Nós podemos tudo. O que não significa que façamos tudo, até porque há coisas que não se fazem…porque, simplesmente, as mulheres não as querem fazer!
Eu, como mulher, posso tudo, mas há coisas que não faço, como por exemplo: meter gasolina no carro. Eh pá, lamento muito (not) mas gasolina no carro não meto. Não. Nein. Non. No. Nop. No way, Jose! Era só o que mais me faltava…até o diabo se ria!
Chamem-me preguiçosa, mimada, pedante, diva, é isso tudo e o mais que possa haver, mas a JE vai continuar a não meter gasolina no carro. Ah, pois vai!
“Isso é muito bonito mas não tens outra hipótese, minha menina…” pensam vocês, ao que eu repito: ERA SÓ O QUE MAIS ME FALTAVA!

Apesar de todas as tentativas em contrariar este meu handicap, o meu Pai aprendeu a aceitá-lo – e foram várias as vezes que me levou 1L de gasolina quando eu ficava apeada – assim como o meu Marido que foi desde logo avisado desta minha “incapacidade natural” quando nos conhecemos. A minha Mãe, não só compreende e apoia como foi ela a orgulhosa instigadora deste meu comportamento. Filha de peixe…
Mas se reflectirem no assunto irão chegar à conclusão que não há pachorra para as gasolineiras e os seus Self-Services. Detesto todo aquele embuste em que sou obrigada a fazer um trabalho:
1) para o qual não tenho qualificações;
2) para o qual não sou paga;
3) que podia render umas coroas valentes a um qualquer rendimento familiar.
E, atire a primeira pedra quem gosta de sair de dentro do carro com ar condicionado, em plena estação de serviço “Cavalo Lusitano”, quando estão 45 graus à sombra para sujar as mãos levando de recordação, por mais 180km até chegar a casa, o pivete a combustível. Gasolineiras portuguesas, vão-se encher de moscas mais o vosso Self-Service!

Há muita coisa menos boa a dizer sobre Nápoles, sobre Itália e sobre os italianos (não se preocupem que temos tempo e muuuuito pano para mangas…), mas numa coisa este povo acertou: gasolineira, que é gasolineira, tem o senhor gasolineiro, profissional competente da matéria, a dar-me os bons dias quando chego, a perguntar-me como tenho estado, ainda diz olá à minha filha, ao mesmo tempo que atende o meu pedido de encher o depósito do carro para de seguida trazer a maquininha multibanco para que eu efectue o pagamento. Não há bomba em Nápoles que não tenha serviço personalizado, até porque de cada vez que eu leio “Fai da Te” é acelerar e fugir.

Fiquem a saber que nos parques de estacionamento napolitanos é exactamente a mesma coisa. Chega-se ao parque de estacionamento, seja grande ou pequeno, recente ou antigo, no centro ou na periferia e lá estão uns senhores sempre muito simpáticos (uns mais que outros, claro está) a receber o carro e respectiva chave em troca de um ticket. Um descanso para esta alma.
Agora cá andar feita baratinha tonta à procura de lugar para estacionar o carro depois de ter enchido o depósito de gasolina…Tenham santa paciência, mas coisas há que esta mulher NÃO FAZ!

Ps - se souberem de gasolineiras de serviço personalizado em território nacional, avisem. Estou disposta a fazer o meu próprio roteiro e obviamente partilhá-lo com quem esteja interessado!


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