Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Os bons amigos

Há coisas que se tornam claras como a àgua quando te mandas para fora de pé e decides mudar de país. Logo nas primeiras luas percebes claramente quem são os teus verdadeiros amigos, quem são aqueles de quem sentes tanta falta que até dói, ou quem são aqueles que pura e simplesmente não sentes falta nenhuma.
Os amigos que ficaram em Portugal continuam a fazer parte da minha vida. Há os que de vez em quando se lembram de me dizer um Olá! Há aqueles que simplesmente me dizem bom dia (ao que eu invariavelmente respondo boa noite, sim porque eu vivo no futuro). Há aqueles que são boas surpresas e que passam a estar mais presentes na tua vida do que alguma vez estiveram. Há aqueles que fazem questão de me contar em primeira mão algo de muito importante que está a acontecer na vida deles, como se não o pudessem revelar ao Mundo antes de o partilharem comigo. Há aquelas amigas que me mostram o vestido com que vão casar, ou a barriga a crescer, ou as primeiras fotos do seu tão desejado rebento. Tudo isto me enche o coração e me faz perceber como sou abençoada.
Há depois o lado de fazer novos amigos no país onde escolhemos viver. Conheço muita gente que sente grandes dificuldades em fazer amigos e que não conseguem sentir-se identificados com ninguém. Mais uma vez tenho tido uma sorte do caraças. Os amigos que escolhes no “estrangeiro” tornam-se na tua família. São eles a quem ligas quando estás doente e só queres o colinho da tua mãe. São eles que te ajudam a criar raízes e tornam a tua vida mais fácil. São eles que partilham experiências contigo que os amigos lá de Portugal teriam dificuldade em entender. São eles que te vão acompanhar para o resto da tua vida. Sou uma sortuda, tenho uma família cada vez maior e espalhada pelo Mundo!


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