Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A dieta e a Feira de São João

A dieta e a Feira de S. João combinam explosivamente.
Durante 11 (atenção: eu disse ONZE) dias não há hipótese de fazer dieta. Nem nada que se pareça.
Aliás, em Évora, é terrível fazer dieta 365 dias por ano. Às vezes, chegam a ser 366!
Viver em Évora é uma tortura gastronómica. Eu devia ter adoptado uma ténia abandonada quando para cá vim. Não é concebível fazer sacrifícios no sítio onde até o cheiro do pão apetece comer. Sabem aquele pão que cheira e que tem a consistência exacta e que combina bem com a manteiga e com o paio de Oriola? Ou até com queijo tipo flamengo linha própria? É esse. Não é humanamente suportável, diria até que chega a ser criminoso, trocar isso por um qualquer iogurte magro cheio de sementes que, convenhamos, todas juntinhas e depois de levadas ao forno, davam um belo “panito”…
E o pão é o começo. Porque do pão veem as migas. Que também podem ser de batata. Ou até de couve-flor. Se a minha mãe sonhasse que me babo por umas belas migas de couve-flor tinha-se tornado especialista nas ditas desde a minha primeira sopa.
E com as migas, a carne do alguidar. E as plumas. E os secretos. E as sopas de beldroegas. E as de alface. E as ervilhas escalfadas com ovos. E as açordas. Tudo com pão.
Como é que se consegue escolher um peixinho cozido ao almoço se o prato do dia é uma sopinha de tomate caseira com carninha frita e um ovinho? Claro está que com umas sopinhas. De pão. Eu não consigo.
By the way, amanhã começo a fazer dieta. Mas hoje ainda vou comer uma fartura à feira. E umas amêndoas caramelizadas.
Ou então, não começo amanhã e espero pelo fim da feira. Afinal, calha numa segunda feira e nenhuma dieta se começa a meio da semana…

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