Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Eu e algumas pessoas

Não sou pessoa que goste muito de comentar a vida alheia porque parto do simples princípio que todas as vidas têm os seus momentos de fausto e de monotomia. Problemas e alegrias fazem parte da vida de todos, é coisa transversal nesta cena de se estar vivo, por isso antes os meus problemas e alegrias que os dos outros. E mal ou bem, é a vida a fazer de nós aquilo que somos. Para além disso tenho a certeza absoluta que melhor que eu não haveria ninguém que vivesse a minha vida, sendo assim o que conta para mim, passa a meus olhos, a contar também para os outros. 
Neste panorama é raro dar-me ao trabalho de me chatear com os outros. Logicamente cruzo-me com o meu quinhão de pessoas chatas, outras inconvenientes, outras mentirosas, outras falsas ou inevitavelmente mal-formadas em toda a sua extenção, mas por muito que possam querer influenciar negativamente a minha vida não conseguem. Porquê? Porque eu não lhes ligo nenhuma. Viro-me para o outro lado, deixo sempre que passem ao largo, que levem a bicicleta, a carruagem, os cães, a razão e o bloquinho quadriculado com as anotações. 
Explicava eu este meu modus operandi quando uma amiga me pergunta: “então não há mesmo ninguém, ninguém, ninguém, nenhum tipozinho de pessoinha, que te deixe fora de ti!? Que não toleres de forma absolutamente nenhuma!?” 
Ora então, que disparate de dúvida, mas é claro que há!! Aliás, até existem dois tipos de pessoas que eu não suporto: os machistas e as pessoas que conduzem com os retrovisores do carro fechados. A conversa dos machistas não passa de uma verborreia incessante, um momento desprezível para a evolução da humanidade, uma prova clara de como a estupidez não tem limites. Uma pessoa machista é entre muitas outras coisas uma criatura sem respeito rigorosamente nenhum pelas dores de parto da sua Mãe, como tal merece todo o meu visceral desprezo. Quanto aos condutores com os retrovisores do carro fechados são, na minha sincera opinião, criaturas para ter de levar duas chapadas, todos ao dias, e logo ao acordar. Uma por cada retrovisor. 
Mas assim à parte de machistas e pessoas que conduzem de retrovisores do carro fechado – que tenho cá para mim que são a mesma pessoa – tolero toda a gente. 
Uma coração mole é o que eu sou. 

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