Aventuras e desventuras de moças em permanente movimento migratório.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

falar do tempo

Sou proprietária de um feitiozinho especial que às vezes me faz ferver em pouca água, pelo que já li alguns livros de auto-ajuda para perceber como acalmar os nervos. Aprendi inclusivamente a praticar meditação, o que surte efeitos, devo dizer.
Agora, fora de merdas, há coisas que não há karma alinhado que nos salve. Uma delas é viver num clima tropical. Não vou falar das baratas e do resto da bicharia que por aí anda que nem vale a pena. Passemos à frente para as coisinhas quotidianas que causam mesmo transtorno à bruta, como quando saímos do duche e se o ar condicionado não estiver ligado, mais vale voltar pra debaixo do jacto de água gelada e começar de novo. Passamos o tempo com a pele num misto de luzidia e suadona.

Vamos tornar a coisa mais interessante e juntar poluição à equação. Saímos à rua e dá ideia que andámos a rebolar em mel com pó, daquele fininho, que se entranha nas pontas dos dedos e que se nos dá a comichão num olho, tá tudo lixado. Os eczemas na pele é vê-los multiplicarem-se. Rinites alérgicas e asmas, é um tirinho. Escusado será dizer que assim que se regressa a casa, vai mais uma ducha básica pra tirar isto tudo de cima: são aos 3 duches nos dias de maior movimento.


Mas eu com isto até vivo bem. O que me continua a fazer provocar aquele tique nervoso no olho é quando, depois de chegar a casa duma sessão de retail therapy, como dona de casa prendada que sou, ponho a roupinha de molho, enxaguo, levo 3 quartos de hora a pendurá-la toda bem presa com molas nos cabides e a estendo à boa moda asiática num varão lá fora... e eis que desata a chover torrencialmente em segundos e sem pré-aviso. Mas nem chove durante uma hora, que seria o mínimo para justificar a estupidez da coisa - chove ali uns 15 minutinhos. Só mesmo o suficiente para a pessoa dar uma de Flash, tirar a roupa do varão em dois tempos e voltar a pendurá-la já em casa com o desumidificador no máximo.
Este tipo de clima também gosta de sapatear na nossa cara quando saímos de t-shirt branca ou sabrinas e sem guarda-chuva, por exemplo. E depois pára. E pode parar durante dias, semanas. Mas também pode voltar em matéria de horas ou minutos, depende. Depende do que lhe apetecer a ele, ao clima tropical, que tem vida muito própria.


Tudo isto enrija, dá carácter. Bem vistas as coisas, isto é tudo muito positivo. O meu conselho, se vierem viver para um destino com clima tropical, é: metam-se no yoga ;)


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