Ser ou não ser simpática na
Alemanha, eis a questão.
Entrei no autocarro estava cheio
até ao nó. Em pé estava um senhor coxo de muleta. Fora do peso, enorme, para lá
de imensamente grande.
Durante a entrada de outras pessoas que procuram desvairadamente por um lugar já ocupado por mim, vejo que o senhor coxo continuava de pé.
É óbvio que só para variar
ninguém cedeu o lugar. Pategos do costume!
Eu simpática, a lady do costume, perguntei ao senhor fora do peso se queria ocupar o meu lugar visto estar coxo e fora do peso.
Ele respondeu não, agradeceu-me
com um sorriso simpático, diria até amoroso.
Paragem seguinte, o senhor que estava ao meu lado saiu e assim ficou um lugar vago ao meu lado, onde imediatamente se sentou o senhor fora de formato e coxo. E pronto. Fooodi-me!
O gajo fora de formato e coxo
para além de fazer conversa de chacha, pregou-me uma seca do tamanho dele,
lançou charme (WTF?!?) e ainda se pôs a tricotar à minha conta, perguntando-me com
a moral do Al Pacino e de olhinho picolho, o que ía EU fazer no fim-de-semana?
Oi?
Conclusão: eu fui, porque sei que
fui, muito amável em perguntar se o fora de formato coxo queria o meu lugar
visto estar coxo e aquela besta aproveitou-se da minha bondade cândida e foi
consumir o meu já baixo nível de paciência para aturar esta imensa cambada
de retardados emocionais cinzentões filhos de uma mãe mal parida!
A pessoa quer ser elegante
(porque já o é de pequenina) e educada (porque já o era mesmo antes de nascer)
e vê-se obrigada a engordar e ser burra de antipática só para que nenhum destes
energúmenos se metam.
É na marra que aprendo que aqui neste buraco não podes ser simpática para nenhum homem!
(Gordo, coxo, piscar
olho….catano esta merda vai-me dar pesadelos por um mês.)
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